quinta-feira, 18 de junho de 2015

DO INVERNO QUE NÃO SE VÊ

Tristeza.

O inverno bate assim nos meus costados.
O mate não consola
O café me tira a fala
O frio se alojou no meu peito
de tal forma
mas de tal forma 
que creio não o deixará
antes que dois verões encontrem sua extinção

Em mim pulsa uma sensação de estranhamento
Quem me dera não ter deixado 
nascer esses sentimentos
que agora e nem futuramente 
terão resposta ou cura

A dor é amortecida pelo inverno
Ainda bem que existe esse encanto
e que outras estações virão

Mas a certeza de que o inverno 
da minha alma persistirá
me causa extremo espanto








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