domingo, 10 de fevereiro de 2013

RASANTE


A dor que acompanha teu voo de asas quebradas
prossegue em partir meu coração encarquilhado
Quando conseguirás retomar teu rumo novamente,
quando conseguirás curar tua alma e cantar outra vez?

Minha voz foi roubada quando vi teu rodopio desvairado
teu corpo bateu na rocha, mas não morreste
E foi meu sangue que escorreu por ti na pedra
até macular a areia branca numa poça que nunca desapareceu

Quando voltarás ao céu azul ou nublado
e me libertarás desta vigília tomada por pesadelos conscientes?
Como posso voltar a ser eu se estás partida, mas o que rachou foi meu ser?

Continuo a olhar teu voo doloroso e nada posso fazer
Nada aplacará tua dor...
A minha já adormeceu e deixou meu coração morto
implorando para ser sepultado de vez.

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