quinta-feira, 22 de maio de 2014

CIDADELA

Na cidade dela
respira-se fertilizante e maresia

Na cidadela o vivente
sente a fissura da areia ou do vento

Os loucos continuam soltos
Os sãos continuam prisioneiros
Os artistas são desconhecidos
Os intelectuais parecem mas não

Na cidade dela
ainda se imagina e sonha

O arvoredo centenário da Grande Praça
é o refrigério para o tsunami de passantes

Na cidadela se vive ou se morre
E às vezes se ama

Ainda se ama na cidade dela


Por isso ela espera.

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