O medo está lá fora latindo
toca viola por causa das pulgas
e raspa o corpo na calçada para fugir da agonia
Seu desconcerto atravessou a rua
e agora gane esfomeado
Não é medo o que sente, é raiva essa mistura
de dor e retaliação
Aqui dentro não é o medo nem a fuga que triunfa
mas o azedo da solidão
e seu desconserto com seus habitantes
A gata lambe as almofadas de suas patas gentis
com garras afiadas prontas para a batalha.
*Inspirado no Poema de Volmar Camargo Júnior, postado em seu blog Dicionário Giratório, no dia 15/01/2014.
2 comentários:
que ninguém duvide da superioridade dos felinos!
bom poema, Adriane
Gostei de fazer esse poema inspirado no teu, V.
Apesar de não ser uma interpretação muito próxima do que quiseste dizer, gosto muito quando o que escreves me inspira.
Em geral teus poemas fazem isso.
Obrigada pela leitura e comentário.
Abraço.
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