Amor não é música nem silêncio
É um limbo melódico
que nos atravessa a garganta
e atinge o peito com a angústia
de uma morte em vida
Se aloja no coração
somente para ensurdecer
a cognição e os sentimentos
que sucumbem diante de
uma falsa alegria e uma gritante melancolia
O corpo se torna o teatro
de um elenco que consome
lentamente
lentamente
todas as emoções de quem o sente
Amor é o fim desesperante
de quem nele se fia
É o arpão que fere a casca delicada ou grossa
de todos os seres que vivem
E no final da peça
ante o cadáver de quem por ele foi tomado:
'É finita la commedia!' -
grita o coração morto embora retumbante.
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