Não não irei pedir
Não gritarei palavras de súplica
Não dobrarei meus joelhos
Diante de nada nem ninguém
Não pronunciarei nomes
nem gaguejarei sentimentos
Eu decidi
Sou a monção que vem no virar do dia
Sou o sol escaldante que agride a pele
que chamusca a grama
que resseca a areia
Sou a poeira que gruda e não se lava
e vira lama se encharcada
Sou o vírus latente que não tem complacência
Sou a dor enrustida no peito
que se cala para não revelar seu segredo
Não irei dormir durante a noite
Não irei acordar quando o sol raiar
Não irei calar quando houver sons ao redor
Não irei dançar quando a música tocar
Serei apenas o vazio ensurdecedor
e a completude quando nada restar
no ambiente aglomerado de gente
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