quinta-feira, 18 de abril de 2013

Senti falta de tuas mãos
Como sinto falta do teu corpo
embora me seja desconhecido

Singra em mim esta vontade
que não é nem rio nem mar.
Não é navio nem ao menos balsa

Distancia-se a salvação
enquanto observo ondas bater a costa
da minha alma náufraga

Singra a favor e contra mim
esta saudade da palidez
                          suavidade
                          ternura
das tuas mãos que embalam
meus sonhos que já partiram

E que partidos estão há muito

Sinto a ausência das perguntas que foram
a ferro e fogo
sufocadas naquele espaço
entre o céu da boca e a garganta

Perguntas que já foram certezas
já foram rios salgados
agora são antecipadamente decepção

Eu sinto falta das tuas mãos que entendi 
ternas 
suaves 
doces
mas que não alcançarão o espaço aberto 
do meu mundo em constante transição

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