A
cegueira do poema é capenga.
Ele
vê só meia cara
daquilo
que nos rodeia.
Que
cegueira louca:
Se
vê não proclama;
se
não vê declama.
Bastam
ruas estreitas
dores
imperfeitas
e
amores a meio
para
que brote,
em
qualquer peito,
um
verso completo.
E
a poesia se faz ternura
para
dar uma cura
a
cegueira de quem a lê
de forma incompleta.
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