Eu não escrevo como se
não houvesse amanhã, eu escrevo como se o mundo já houvesse findado, como se
fosse acabar, como se estivesse sendo recriado.
É uma urgência tão grande, uma
necessidade tão compulsiva que se não baixo a cabeça sobre cadernos, teclados,
margens de livros e deixo de escrever meu cérebro sofre uma convulsão. Mil neurônios
queimados de um lado, dez mil mortos do outro, cem mil estupidificados.
Não existe alívio para
uma mente que tanto tem a gritar presa em um corpo que possui uma boca que não
quer abrir-se para contar frases que ninguém deseja ouvir.
*Uma pequena inspiração depois de ler "E se não houvesse amanhã?", de Vânia Oliveira.
Um comentário:
A escrita sempre nos salvando deste mundo cão. Abraço!
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